Estamos em tempos de aceleramento, bom para os corredores, amantes da velocidade, na pista. Para a vida? Se pudesse deixaria em câmera lenta, para observar,analisar. Seria mais interessante que as câmeras lentas dos lances de futebol. Ah, como seria!
A tecnologia disparou na largada. Tantos lançamentos, tanta inovação... O homem realmente é uma maquina de transformação para sua acomodação.
Com isso vem a despercebida e rotineira semana. O ócio que virou lazer, o tempo livre dedicado a outras pessoas. E a si mesmo? Quando é o nosso tempo?
Trabalho, casa, família, lavar, cozinhar, passar, estudar... É nesse momento que almejamos o controle do filme “Click”, passando pra frente a parte que se pudéssemos não fariamos. Mas há alguns anos que o controle desse filme está em nossas mãos e não percebemos. O espírito natalino que não nos surpreende mais. As luzes brilham nas ruas e apenas falamos para nós mesmos: Já é natal! O ano já acabou! Quando estamos nesse desejo natalino: Acaba. Como as crianças brincando. Naquele momento “clímax” da brincadeira, ela se acaba.
Todo mundo sabe que os tempos de hoje são os outros, mas qual é o tempo de nós seres humanos? O homem, o ser dos saberes que vivem a vida fazendo descobertas deixando de viver a vida de si mesmo.
Estamos andando acelerados. Crianças já não brincam de “brincadeiras de quintal”, vivem brincadeiras computadorizadas, que aquele ser de saberes inventou.
O tempo passa e andamos se lamentando, querendo reviver velhos tempos, atitudes que fizemos e nos arrependemos, ou que não fizemos. A vontade de voltar no tempo. Quais os benefícios de tudo isso? O que temos em ganhar com isso? O sistema estipula metas, objetivos e nem temos parado pra refletir os objetivos pessoais para daqui alguns anos.
Façamos essa vida valer mais a pena. Ver as estrelas, deitar na rede. De praticar o ócio sem a máscara do lazer. Pensar, escrever, ler por prazer! Para ver se vivemos um pouco em câmera lenta! É uma necessidade! Fico imaginando daqui alguns anos: os noticiários, nível de assassinatos elevado sendo algo “normal”(que já é). As crianças “robotizadas” pelos objetos eletrônicos. A classe dominante sempre na superioridade e a classe denominadora? Bom, prefiro nem pensar.
" A beleza da vida, depende de como enxergamos o mundo."
Nieve Dios
"Corrida contra o relógio
eles ganham a corrida antes mesmo da largada"
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Lindo o texto...
ResponderExcluirsimplesmente lindo.
Nossa!!! É verdade, o controle está em nossas mãos, a beleza de cada dia, depende de como o enxergamos, e cabe somente a nós fazer esse vida valer a pena...
ResponderExcluirLindo texto!
Parabéns, texto maravilhoso...
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