quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ESSE MUNDO NÃO VALE O MUNDO MEU BEM

             Essa frase é o título de uma música da banda O Teatro Mágico, que reflete a sociedade capitalista que vivemos (de desigualdade social), que tem como base a poesia de Carlos Drummond de Andrade. Ironicamente  Fernando Anitelli (cantor e compositor da banda) nos mostra quem é que tem a Língua “ativa”: a classe dominante, pois “É preciso ter pra ser ou não ser”.           Temos aprendido nas aulas de História com o docente Edson Fasano, que temos de ver o outro lado da história além dos atos heróicos (os "mocinhos"), que estão nos registros históricos. Pesquisar antes de levar a sala de aula quem era aqueles heróis portugueses do "descobrimento". Os negros não tinham vontades e desejos? E analisando suas histórias, não serão eles os heróis?
“Somos massas e amostras, contaminam o chão, família e tradição” até quando seremos amostras na sociedade que está alienada, amostras na Educação? Daremos continuidade para “essa tristura destemperada” que seria a sociedade.   O que pode esta língua? É poder mudar, transformar, ter uma leitura de mundo. Afinal esse “mundo não vale o mundo meu bem, grita Terra mãe que nos pariu”. Para Drummond:
“Meu bem, assim acordados, assim lúcidos, severos,
ou assim abandonados, deixando-nos à deriva levar na palma do tempo [...]
Meu bem, o mundo é fechado,se não for antes vazio.
O mundo é talvez: e é só.
Talvez nem seja talvez.”
Meu bem, usemos palavras. Façamos mundos: idéias[...] “
                                             (Cantiga de enganar – Carlos Drummond de Andrade)
             
             Como futuros pedagogos temos que compreender e buscar ensinar aos nossos futuros alunos, a leitura de mundo que está dentro de si, de expressão, de critica, de conhecimento, do poder da palavra não deixar a "razão ser como equação de matemática e tirar a prática, de sermos um pouco mais de nós". Temos que viver em uma outra frequência, porque seria mais fácil fazer como muitos fazem, pertencendo ao senso comum. Mas sabemos que não é bem assim. Paulo Freire diz: “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. Afinal, "se fosse fácil achar o caminho das pedras, tantas pedras no caminho não seria ruim". (Outras frequencias - Engenheiros do Hawai)

Nieve Dios

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